sábado, 24 de dezembro de 2011

Papai Noel


  Ah, o Natal! Houve um tempo em que está era a data mais importante do ano para mim, isso acontecia por uma única causa: o velho barbudo mais querido do mundo; aquele que distribui mais carrinhos que zagueiro perna de pau; que assim como um turista em Porto Alegre, vive cercado de veados; o chefe das renas Rudolph, Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen; o obeso que viveu mais tempo até hoje; o marido da mamãe Noel; o único ser que entra a noite nas casas não para roubar, mas sim para dar coisas; o Santa Claus; o bom velhinho; ele que... É, chega de enrolação, ele mesmo: Papai Noel! Vou falar um pouco sobre o velhinho nesse texto.
 Já ouvi histórias de crianças ingênuas que na noite de Natal, deixam leite e biscoitos para o Papai Noel. Agora, vamos refletir: A figura que nós temos do Papai Noel é a de um senhor obeso, dizem que ele passa por milhões de casas, se em toda casa que ele for, houver leite e biscoitos para ele comer, no fim da noite o Papai Noel irá explodir! Essas crianças não deveriam deixar leite e biscoitos, ao invés disso deveriam deixar uma esteira, uma bicicleta ergométrica ou até uma cinta modeladora. Por favor, crianças, vamos começar a pensar na saúde do velho! Por isso é que eu acho que o Papai Noel só devia presentear as crianças da Etiópia e da Malásia, assim ele iria emagrecer rapidamente.
  Dizem que os trajes do Papai Noel não eram vermelhos na história original, isso foi estigmatizado pela Coca-Cola que almejava propagar a sua marca. Pensando sobre isso, fico feliz de ser a Coca-Cola a marca que mudou a roupa do Papal Noel, por que você já pensou se fosse outra marca, tipo a Skol? Nesse caso o Papai Noel usaria um biquíni amarelo, teria uma garrafa de cerveja na mão e mulheres seminuas puxando seu trenó, e quando alguém o avistasse voando, iria gritar: Desce Papai Noel! Desce seu gordo! Desce redondo! Desce redondo!







Antigamente as crianças não se comportavam direito, então inventaram o Papai Noel (que não presenteava nenhuma criança mal-criada) para tentar controlá-las, o tempo passou e as crianças continuaram teimosas, aí eles apelaram e inventaram a Supernanny.
No natal, o mundo inteiro canta a música que eu canto sempre na escola quando tenho alguma aula muito chata: “Jingle Bells... Jingle Bells”!
Ouvi dizer que o Jair Bolsonaro odeia o Papai Noel, só porque o velhinho se deixa levar por veados.
Uma vez, numa festa de Natal, eu vi uma criançinha dizendo: “Eu já vi o Papai Noel voando no trenó!” Alguém chegou pra mim e disse: “Tá vendo Matheus? O nome disso é imaginação.” Então eu respondi: “Não, o nome disso é esquizofrenia!”
Alguns dizem que a figura do Papai Noel se assemelha com a de um velho pedófilo, eu não concordo, se ele fosse mesmo um, ao invés de roupa vermelha, ele usaria batina.
Antigamente o Papai Noel deixava os presentes dentro de meias, mas reza a lenda que uma vez ele encontrou uma meia tão fétida que o presente deixado foi um Tênys Pé Baruel.



Uma história de natal

  Graças a minha avó, na minha infância inteira eu acreditei em Papai Noel. Aliás, não só eu, mas também o meu primo e o irmão acreditavam. O tempo foi passando e a gente foi descobrindo a verdade, primeiro foi o meu primo, não me lembro direito como foi que ele soube, mas deve ter sido a mãe dele quem contou. Depois fui eu, lá para os nove anos (eu sei, é uma idade bem avançada) descobri que o bom velinho era uma mentira. Em outros textos eu já havia citado alguns fatos e decepções da minha infância, mas o Papai Noel foi com toda certeza a maior decepção de todas. Até hoje me recordo o momento em que descobri tudo: Alguns parentes estavam reunidos em minha casa, pra celebrar o natal, faltavam poucas horas para a ceia, todas as crianças, entre elas eu, brincavam no terreiro de esconde-esconde. Todos que já brincaram de esconde-esconde sabem que existem algumas regras, uma delas é a que não permite que ninguém se esconda dentro da casa. Mas como eu nunca seguia muito as regras, fui me esconder no lugar proibido. Estava me dirigindo a porta dos fundos, para entrar na casa, quando passei por uma janela e ouvi o pessoal conversando, como toda criança muito curiosa parei pra escutar, foi então que ouvi a reveladora e dolorosa frase que a  minha progenitora disse pra minha avó Noel: “Então mãe, onde é que a senhora vai colocar os presentes nesse ano? De baixo da árvore ou das camas?” Naquela hora uma coisa inexplicável me corroeu por dentro, no começo eu pensei que fosse fome, mas não, era uma mescla de tristeza, decepção, revolta e desilusão, nem consegui brincar mais. É, realmente a verdade dói. Quando disse pra minha avó que eu já sabia da verdade, ela pediu pra que eu não contasse para o meu irmão, eu atendi o seu pedido.
    Passaram-se então alguns natais, e o meu irmão continuava acreditando em Papai Noel, só que já era possível notar um certo ceticismo de sua parte. Foi então que o meu tio teve uma ideia genial para fazê-lo continuar acreditando, ele inventou uma história cheia de lorotas dizendo que era possível capturar o Papai Noel se na Noite de Natal, nós pegássemos uma corda, disséssemos palavras mágicas, amarrássemos numa árvore e fizéssemos uma “armadilha mágica”. Meu irmão ficou super empolgado com a proposta e topou na hora. Então nós (eu, meu tio e meu primo) arranjamos uma bota de couro preto, com o cano longo, cobrimos a parte superior com algodão e combinamos de colocar a bota na armadilha pra que o moleque pensasse que se tratava da bota do bom velinho. Cumprimos o planejado, e no outro dia fomos até a árvore com meu irmão, que estava eufórico, para ver se Noel tinha caído na emboscada. Quando meu irmão viu a bota presa na corda, os seus olhos brilharam, observando o estado em que ele ficou, eu pensei que ele já havia se contentado, mas então o infeliz vira pra gente e diz:
 -Ah não, ah não, ele escapou! Podia ter ficado preso...
    Pirralhinho exigente! Depois de alguns anos ele acabou arrancando a verdade da minha avó, e descobriu a mentira. É sempre muito ruim descobrir que alguma coisa que você acreditava piamente não é verdade, não só o Papai Noel, mas várias outras coisas. Volto a repetir:  Descobrir que o Papai Noel não existe, foi e sempre será a maior decepção da minha vida.

Cultura do saco

Quando eu era criança existiam dois velhos do saco: Se você fosse uma criança mal-criada, um deles não te daria presentes do seu grande saco( Papai Noel), e o outro te levaria dentro do saco( Velho do saco).  É interessante perceber que mesmo depois de nascidos o lugar de onde viemos ainda continua muito presente em nossas vidas.

@Noel

Uma característica marcante do Noel é a sua barba. Papai Noel sem barba, não é Papai Noel! Mas nesse ano as coisas não tem sido muito positivas para os barbudos, tendo em vista que o Lula teve câncer e o Bin Laden morreu. Se eu fosse o bom velhinho começaria a pensar seriamente em passar a navalha na barba, antes que ele caia “acidentalmente” do trenó ou fique preso em alguma chaminé por aí.
Eu sinceramente sinto muita pena do Papai Noel, não é fácil ser o único a receber milhares de cartas em pleno século XXI. Seria muito útil pra ele criar um email. Fiquei então pensando qual seria o email do Papai Noel:
*noel-gatinho@hotmail.com
*gordinho_-_noel@hotmail.com
*nicolau.do.polo.norte@hotmail.com
*noel-sarado@hotmail.com
*jinglebells@gmail.com
*sacocheio@hotmail.com
*super-noel@hotmail.com
*papai-noel25@hotmail.com  
*nono_natal@hotmail.com
*CLAUSdionor25@hotmail.com              
*nono-chamine@hotmail.com
*noel-S2-rudolph@hotmail.com
*bom_velinho_é_o_caral** .I.@hotmail.com

Concluindo 

Muitas pessoas dão atenção demais ao Papai Noel e se esquecem a quem realmente pertence o dia 25 de Dezembro, quem realmente é o aniversariante. Mas eu não, e é por isso que eu quero aproveitar o meu blog para prestar uma homenagem a esse homem que fez coisas incríveis para nós, criou leis essenciais para a vida do ser humano, morreu virgem e foi o ser mais desenvolvido a pisar neste planeta: obrigado Isaac Newton! 
Antes de terminar o texto só queria fazer aqui uma observação: mais uma vez o Natal caiu no dia 25 de Dezembro, que coincidência!


Codinome Papai Noel

Uns me chamam de Noel, outros de Nicolau
Fui criado pela gananciosa cultura ocidental
Sou fruto do capitalismo e da imaginação
Cultuado por muitos e detestado pela religião
Saio lá do Pólo Norte, bem na noite de natal
Com um frio assustador que encolhe o meu bilau
Vôo no meu trenó puxado pelas minhas renas voadoras
Que por agüentarem o meu peso são grandes vencedoras
 Pouca gente nos vê, isso é algo muito raro
O Rudolph morre de medo do Jair Bolsonaro
Com muita cautela, entro pela chaminé
Mas como no Brasil não tem, chego nas portas “metenu o pé”
As crianças que me deixam comida são as primeiras da lista
Só que agora graças à elas, tenho que freqüentar a nutricionista
Recebo muitas cartas, algumas letras são bonitas, já outras um horror
Tenho certeza que as letras feias são de filhos de doutor
Acho que vou tirar a barba, ultimamente ela não tem dado sorte
Talvez eu também faça um moicano, vou experimentar um novo corte
Alguns dizem que eu sou pedófilo, que mente suja tem o ser humano
E se por acaso eu fosse mesmo, teria a proteção do Vaticano
E como dizia George Carlin, o humorista americano que alguns adoram
O motivo da minha alegria é porque sei onde as “meninas más” moram
A minha maior felicidade é quando chego ao último lugar
Cumpri minha missão, não tenho mais nada para entregar
Volto então pra minha casa, vou voando pelo céu
O meu nome é Nicolau, codinome Papai Noel.

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